Minhas inspirações

Desde pequeno, eu fui fascinado pela cozinha.

uma fotinha mais atualizada minha: mais idade, menos cabelo.

Me achava o gostosão da parada toda e que ia fazer tudo certo de primeira e nunca ia dar errado. Na primeira vez que fiz um almoço pra mim, sozinho, foi macarrão:

Enchi a panela de água, lavei o macarrão ANTES, taquei a massa toda grudada na água fria, botei uns alhos descascados e fiquei esperando tudo ficar uma delícia. 

imagem real minha, cozinhando.

Óbvio que não ficou.

delícia de grude

Fui crescendo e ficando cada vez mais obcecado pela comida...

 

...HAN... e pelas coisas boas do mundo? 

um beijo pra Bia Cabral, na foto acima. A única pessoa na face da Terra que acha que eu deveria virar youtuber
e eu to quase dando ouvidos pra ela...rs

Minha mãe e minhas tias, Belmira e Aninha, foram minhas maiores inspirações. Minha mãe, Mônica, como toda mãe (ou a maioria delas), sempre fez comidas deliciosas. Ela arrasa nos molhos, nas massas, nas comidinhas caseiras, nas bobeiras que só mães sabem fazer (a.k.a. bolinho de chuva), sem contar nos doces. Nem tem como eu puxar muito saco da minha mãe, porque fica feio, né? Mas sempre falavam que os bolos dela eram melhores que os de uma certa loja de doces da cidade. Só posso dizer que minha mãe se chama Mônica MARIA, e faz tortas melhor que outras MARIAS aí rs

Foto oficial da minha mãe. Ela diz que não sai muito bem em fotos, mas eu discordo.

os benditos bolinhos de chuva de mamãe... adorava quando vinha um com o centro cru!rs

Minha mãe sempre foi bem religiosa. Desde que me conheço por gente, ela frequenta a igreja e cursos, já chegou a dar cursos... enfim, super evangélica e de karma teve um filho desbocado como eu. Uma vez, exatamente em 2015, minha mãe querida concordou em participar de uma festa da igreja e colaborar com alguns doces. Doces esses, no caso, tortas. Na época, ela era da igreja Batista, no centro da cidade.

Pra quem é da cidade sabe: onde era o antigo bingo e hoje é a Lagoinha? Então, naquela igreja enorme.

Em três dias a gente fez mais de 20 tortas, com recheios e sabores diferentes. Eu não aguentava mais ver farinha na minha frente. Todos os bolos venderam e não sobraram NA-DA.

Isso meio que me inspirou a abrir a Loop, além de outros incentivos.

Já minha tia Belmira é portuguesa e veio pro Brasil bem novinha. RAINHA dos bolos e doces. Ela ESCREVE o nome das pessoas DENTRO do bolo. Fiquei dias procurando uma foto só pra postar aqui, só porque eu acho muito incrível. Desde pequeno, os aniversários na casa da minha tia eram o evento do ano, pra mim. Ela fazia um rocambole simples, de chocolate com chantilly, que PELO AMOR DE DEUS, é uma sensação!rs Inspiração pura, uma mulher super guerreira e carinhosa.

Virginia, no caso, é o nome da minha irmã. Tá entendendo o nível de fodona que minha tia é? No casamento da minha prima ela escreveu nos bolos "M. Lívia e Rafael Parabéns!". Em três bolos.

TÁ ENTENDENDO?

Do outro lado da família, está minha tia Aninha. Que nem é minha tia, mas da minha mãe. Só que eu e minha irmã fomos criados sempre com os filhos dela, chamando de primos pra lá e pra cá e a gente até esqueceu desse detalhe; até porque a filha dela, Eloana, esteve presente durante toda a minha vida, pobre coitada. Não sei nem como aguenta!rs Aninha é a mestre dos salgados. Lembro do aniversário de 15 anos da minha irmã: foi na coxinha, nos risoles, nas pizzas.....! A mulher é uma máquina! E agora tem trabalhado com venda de salgados e doces modelados. Quem quiser, eu super recomendo! Vou até botar uma imagem do contato dela; fica a dica.

Enfim, sempre rodeado de gente que sabe o que faz. Nunca fiz curso, além do online mesmo. Sempre vi esses programas de receitas, sabe? De Ana Maria até Nigella Lawson, passando por Dani Noce, Giada De Laurentiis, Carole Crema e Alexandre Tadeu da Costa, entre vários outros... Food Network quando surgiu na minha vida, eu não mudava de canal rs

Vou falar rapidinho do que aprendi com cada um deles:

O Deus brasileiro do chocolate (e da Cacau Show): Alexandre Tadeu da Costa. Infelizmente eu nunca vi nenhum curso, apenas algumas participações dele em programas como Masterchef, Mais Você e outros. Mas sempre que eu o vejo, eu tento sugar tudo que ele ensina.

Além de saber muito de chocolate, ele também utiliza vários produtos brasileiros pros seus bombons. Também faz doces inspirados em receitas francesas, inglesas e... MEU DEUS, um dia eu queria ter a criatividade desse cara! E o talento, óbvio.

E o dinheiro também, mas isso quem não quer?

Não menosprezem NáMaria. Tudo bem que ela é quase uma Ana Paula Padrão naquele Masterchef: saber cozinhar meeeesmo, mesmo, não sabe. Quer dizer, já são tantos anos passando receitas diárias, que ela já sabe muito mais que muitos. Mas se você ver aqueles programas do Mais Você de 2000, que reprisam no Viva, vai ver que se não fossem os chefs convidados, os telespectadores passariam fome

Não foi diretamente com ela, mas a diversidade de receitas apresentados no programa dela que me inspiraram: torta-mousse de chocolate, churros, pudim, decoração de torta em chantilly, escultura de caramelo, cozinhar usando roupas sensuais... ACORDA MENINA!

A MELHOR CHEF CONFEITEIRA DO BRASIL. Pra mim, lógico. Foi a Carole Crema quem trouxe o cupcake pro Brasil, tá bom benzinho? Essa genia sabe dos paranauê. Com um currículo INCRÍVEL, eu não pude acreditar quando a vi no Que Seja Doce. Ela é de São Paulo, mas mora no meu coração desde sempre hahahahahaha

Com bolos incríveis, chocolates finos, bombons e brigadeiros de te deixar de queixo caído... Eu sempre fui daqueles que usa o sal pra realçar o sabor até das coisas doces, mas foi com ela que aprendi que um azedinho faz TODA a diferença.

Como nem tudo é doce, eu tenho uma queda pela culinária italiana. Confesso que não conheço a Giada há muito tempo, mas o pouco que vi do trabalho dela, amei.

Tudo bem que quase todo doce dela leva mascarpone, mas ela é italiana! Ela pode. De tudo o que ela me inspirou, o que eu mais quero é ter uma cozinha igual a dela: com vista de frente pra praia, cheio de temperos, uma horta linda, cheia de utensílios... #inveja

Eu cresci assistindo à Nigella: Inglesa, apresentadora, chef e proibida de entrar nos EUA. Apesar de ter receitas incríveis, era meio preguiçosa no programa dela: usava bolos, caldas e produtos industriais... Mas era só pra encurtar o trabalho. Preguiça, nada! É inteligência. Pra que se gastar fazendo coisas que se compram prontas, se o importante é o sabor no final? Aprendi combinações deliciosas, além de como fazer bolos molhadinhos com calda simples, além de um chantilly perfeito!

Eu brinco com uns amigos que a Dani Noce é muito cupcake. Não que seja algo ruim, só que é um jeito muito tatibitati de ser. Mas não se deixe convencer pelo jeitinho doce dela: essa guria sabe das coisas.

Minhas melhores receitas foram aprendidas no I Could Kill For Dessert, que já foi um programa do Food Network, mas tem várias receitas no youtube. Alfajor, Massa Folhada, Pain au Chocolat, Mil Folhas, Éclair, Bolo Nega Maluca, Brownie, Caramelo Salgado... Essas são receitas que eu catei dela e coloquei direto no meu caderninho, sem nem pensar duas vezes.

Além dessa coragem de botar a cara à tapa no YouTube ou seja lá onde for, sem ser conhecido ou renomado, e ganhar nome pelas receitas que faz, o que eu mais admiro nela é essa criatividade de transformar alguma coisa diferente em um doce incrível, como um drink ou um café em uma torta. Quando tenho a oportunidade, eu gosto de dar umas piradas assim.

Quando eu comecei a fazer bolos pro escritório, pra comemorar os aniversários dos funcionários e postar as fotos, em breve começaram a me surgir pessoas perguntando quanto ficaria uma encomenda de torta recheada. E foi assim que eu comecei a vender bolos: fiz uma pesquisa de preços pela cidade, conferi os gastos, procurei uma margem de lucro que não encarecesse tanto o produto e PUFF: Temos uma Loop Doces no mundo!

A primeira torta que fiz sob encomenda: gastei uns 40 reais e cobrei 50. É, não sabia fazer negócios na época. Mas o engraçado é que essa torta me inspirou a dar o nome da empresa: o laço azul da torta me fez pensar em Loop, que obviamente é laço em inglês, mas também é o ato de estar preso em uma situação, sem conseguir sair. Ou seja, se você estiver ouvindo uma música em loop, você está ouvindo ela repetidas vezes; portanto, se você está comendo em loop, quer dizer que está comendo sem parar. A intenção era botar um nome que desse a entender que você quer comer de novo, mesmo depois de ter acabado de comer. Meio que inspirado nos chocolates Bis e Sem Parar.

Veja algumas das receitas que já testei:

Alfajor

Ovo de Dragão para páscoa

Pain au Chocolat (folhado de chocolate)

 Éclair (bomba recheada) 

Isso, além dos deliciosos cookies que são o carro chefe dessa empresa. Mas essa receita eu quem desenvolvi, depois de mexer e remexer numa receita antiiiiga num livro de receitas que eu nem faço ideia do nome.

Enfim, o que eu aprendi foi passado de tanta gente pra mim, de tanta forma diferente, que eu não consigo me chamar de autodidata. Mas também não posso dizer que sou um profissional que sabe de tudo e nunca erra em nada. Muito pelo contrário: há alguns meses eu estava com tantos problemas na minha cozinha que em uma semana, dos 7 bolos que eu fiz, só consegui comercializar 3 deles. Nem pra eu comer, eles serviram. A gente sempre se aperfeiçoa, mas pra isso é preciso estudar e fazer. A teoria é ótima, mas é na prática que vemos onde erramos e aprendemos como não errar ou como consertar.

Então pra você não errar e ficar na merda como eu já fiquei, se liga que eu tenho dicas pra te dar! Afinal, posso não ter feito curso, mas experiência eu tenho.

Joguei na internet, já tá valendo!

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Afinal, Rodrigo Hilbert criou todo um nicho nesse Brasil

#FicaVaiTerBolo